Encontro de Inovação em Agronegócio aborda agritech

Projetos da Embrapa voltados para o Agritech serão apresentados no Encontro de Inovação em Agronegócio, em 7 de novembro, no Instituto de Pesquisas Eldorado. O encontro, uma parceria da Embrapa Meio Ambiente (Jaguariúna, SP) e do Instituto Eldorado, com apoio e colaboração da Embratel/Claro, irá abordar a visão desse ambiente e das suas oportunidades, além de decifrar os cenários de investimentos em tecnologias e apresentar casos de conectividade e aplicativos desenvolvidos para o mercado.

A programação conta com discussões sobre ambiente e oportunidade para Agritechs, com a Pulse Hub; investimentos em tecnologia do agrobusiness, com a WBGI Consultoria e com a Claro, abordando as oportunidades da conectividade no Agro.

A partir das 11h15 inicia-se a apresentação de projetos de Agritechs, com Painel de Aplicativos.

O pesquisador da Embrapa Meio Ambiente Geraldo Stachetti apresenta, às 11h45, o BRGAP – Avaliação de impactos para gestão ambiental de atividades rurais: a parceria Embrapa/Brasil-GAP – Agrodimensões. Conforme o pesquisador, a equipe da Embrapa Meio Ambiente tem se dedicado à formulação de sistemas de avaliação de impactos de atividades rurais, com integração de indicadores que favorecem a recomendação de tecnologias e práticas de manejo para gestão ambiental, em atendimento à demanda dos produtores.

A experiência desenvolvida com a elaboração e utilização dessas abordagens metodológicas (o sistema Ambitec-Agro de avaliação de inovações tecnológicas para o Balanço Social institucional; e o sistema APOIA-NovoRural, focado na gestão ambiental) vem sendo compartilhada com a Brasil-GAP Consultoria Agropecuária, na iniciativa denominada Agrodimensões.

Stachetti explica que trata-se de um procedimento de campo organizado com plataforma ‘mobile’, para coleta de dados georreferenciados, apresentação de gráficos demonstrativos de desempenho nas diferentes dimensões da sustentabilidade, integrados com um QRCode para facilitar o acesso pelo público. O objetivo é prover os produtores com um mecanismo de registro, análise e comunicação de sustentabilidade, diretamente nos pontos de venda e em associação com agroindústrias, estendendo o alcance aos consumidores e favorecendo a construção de uma relação ética no mercado agroalimentar.

O aplicativo AgroTag, que será apresentado pelo pesquisador Ladislau Skorupa da Embrapa Meio Ambiente às 12h, foi desenhado para apoiar a estruturação da Rede Colaborativa de Uso e Cobertura das Terras e dos Sistemas Produtivos Agropecuários e Florestais. Desenvolvido para dispositivos Android, na qual a interface online WebGIS comunica-se diretamente com o aplicativo e permite aos usuários parceiros o acesso de forma rápida aos dados coletados em campo e o seu compartilhamento entre os grupos.

Conforme Skorupa, para atender as demandas dos grupos de projetos parceiros e aumentar a abrangência de suas aplicações práticas, o Sistema AgroTag também foi desenvolvido em sistemas/módulos temáticos. O primeiro deles, AgroTag ILPF, foi desenvolvido com apoio da Associação Rede ILPF e é dedicado ao tema Integração Lavoura-Pecuária-Floresta. Além dele, também foram desenvolvidos os módulos AgroTag AQUA, com apoio do BNDES, e dedicado ao tema Aquicultura, e o módulo AgroTag VEG, com apoio do Fundo Amazônia, voltado para a identificação, qualificação e monitoramento de experiências de recomposição de Áreas de Preservação Permanente, de Reserva Legal ou de Uso Restrito.

Logo depois, às 12h15, Luciana Romani, pesquisadora da Embrapa Informática Agropecuária (Campinas, SP) fala sobre a AgroAPI – plataforma que oferece informações e modelos agropecuários gerados pela Embrapa e que podem ser utilizados por empresas, instituições públicas e privadas e startups para a criação de softwares, sistemas web e aplicativos móveis para o setor agropecuário, com redução de custo e de tempo.

O acesso aos dados e modelos é realizado de forma virtual por meio de APIs (Interface de Programação de Aplicativos, na tradução do inglês) – um conjunto de padrões e linguagens de programação que permite, de maneira automatizada, a comunicação entre sistemas diferentes de forma ágil e segura, esclarece Luciana. Já estão disponíveis na plataforma a API Agritec, que reúne desde informações sobre produtividade e zoneamentos agrícolas até informações sobre cultivares, e a API SATVeg, com uma base de dados geográficos referentes às curvas temporais dos índices vegetativos NDVI e EVI na América do Sul.

Logo depois será a vez do Sigma ABC. O encerramento será às 13h15.